quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Amélia, é que era mulher de verdade.

Amélia não quer mais brincar de casinha comigo. Nem de médico. Nem de papai e mamãe. Amélia me deu um “low kick” nos glúteos. Digno de um aprendiz de Bruce Lee.
Amélia, me tratava como mãe, e era flor e era puta, pura melancolia dos trópicos, algo azedo de limão, mas que descia bem com qualquer destilado.
- Amélia, por que você deixou teu dengo, teu galego, teu xodó, Amélia? – Pergunta a irmã encalhada.
E Amélia responde, cheia de certeza empertigada, e uma dor dilacerante na alma – É que o canalha não me traía, não me fazia sofrer! – dizia ela indignada – Era só, meu bem pra lá, neguinha pra cá, e me dá cheiro no cangote e rabada com agrião e azeite, mas nada de dor!
E vá deus querer brincar de contar quantas Amélias existem por cá.
(por A.C)


Amélia, é que era mulher de verdade

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