Por mais que vivamos dia após dia nessa busca inacabável de romper com qualquer tipo de corrente que finque nossos membros ao chão de concreto resistente e aparentemente inabalável, aqui estamos nós outra vez, nos mostrando cada vez mais certos de nossas fragilidades, mais humanos.
Precisamos do que precisamos porque precisamos, isso basta para regir nossas vidas, uma pena, eu sei, mas é. Queria ter uma caixinha que desse pra guardar a gargalhada de cada amigo que eu tenho, de cada pessoa que eu amo ou amei. Queria ter um cartão de crédito que eu soubesse usar e realmente me desse crédito, seja lá qual for o significado dessa palavra. Queria que nas festas tocasse pelo menos uma música que me fizesse dançar pra suar e largar de lado o bolo que eu estava atirando aos peixes.
Seríamos tolos se não assumíssemos que estamos no caminho, mas sabe quando você já percorreu uma distância tão longa que não dá mais pra voltar, mas também as pernas não resistem seguir em frente? Aqui estamos nós, aqui estou eu, sentado no chão da estrada esperando a canseira passar.
(Por: C.O.)
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Café filosófico
O passado é nunca mais
E o futuro é o que se lê no fundo da xícara
Do Café Esperança
Mas agora o copo continua cheio
Mesmo parecendo meio
Vazio
(por A.C.)
E o futuro é o que se lê no fundo da xícara
Do Café Esperança
Mas agora o copo continua cheio
Mesmo parecendo meio
Vazio
(por A.C.)
sábado, 12 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Amélia, é que era mulher de verdade.
Amélia não quer mais brincar de casinha comigo. Nem de médico. Nem de papai e mamãe. Amélia me deu um “low kick” nos glúteos. Digno de um aprendiz de Bruce Lee.
Amélia, me tratava como mãe, e era flor e era puta, pura melancolia dos trópicos, algo azedo de limão, mas que descia bem com qualquer destilado.
- Amélia, por que você deixou teu dengo, teu galego, teu xodó, Amélia? – Pergunta a irmã encalhada.
E Amélia responde, cheia de certeza empertigada, e uma dor dilacerante na alma – É que o canalha não me traía, não me fazia sofrer! – dizia ela indignada – Era só, meu bem pra lá, neguinha pra cá, e me dá cheiro no cangote e rabada com agrião e azeite, mas nada de dor!
E vá deus querer brincar de contar quantas Amélias existem por cá.
(por A.C)
Amélia, é que era mulher de verdade
Amélia, me tratava como mãe, e era flor e era puta, pura melancolia dos trópicos, algo azedo de limão, mas que descia bem com qualquer destilado.
- Amélia, por que você deixou teu dengo, teu galego, teu xodó, Amélia? – Pergunta a irmã encalhada.
E Amélia responde, cheia de certeza empertigada, e uma dor dilacerante na alma – É que o canalha não me traía, não me fazia sofrer! – dizia ela indignada – Era só, meu bem pra lá, neguinha pra cá, e me dá cheiro no cangote e rabada com agrião e azeite, mas nada de dor!
E vá deus querer brincar de contar quantas Amélias existem por cá.
(por A.C)
Amélia, é que era mulher de verdade
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